terça-feira, 28 de setembro de 2010

Economia no período regencial


Ao debatermos sobre as instabilidades do período regencial, muito se fala sobre as disputas políticas concebidas na época. As diferenças políticas entre liberais e conservadores seria ponto fundamental na promoção dos levantes que se engendram entre 1831 e 1840. Contudo, apesar da relevância das questões políticas, não podemos deixar de falar sobre a situação econômica do Brasil na época, que também influiu nas agitações que ameaçaram a ordem regencial.Os problemas econômicos vividos na Regência estavam intimamente ligados às catastróficas medidas adotadas durante os períodos Joanino e no Primeiro Reinado. Prestes a voltar para sua terra natal, o rei Dom João VI tomou os recursos financeiros disponíveis nos cofres públicos. Logo em seguida, D. Pedro I gastou fortunas para conter revoltas e pagar dívidas junto ao nosso maior credor, a Inglaterra.Se, por um lado, a desventura de nossos dirigentes políticos impedia o crescimento econômico, outras questões de ordem internacional também prestavam sua devida contribuição. Na região Nordeste, a produção açucareira sofria os impactos impostos pela concorrência Antilhana e a produção de açúcar de beterraba na Europa. Por isso, as sacas de açúcar brasileiras tiveram seu valor depreciado, prejudicando várias regiões econômicas nordestinas.A possibilidade de se modernizar a economia industrial por meio da importação de maquinário também era bastante complicada. A crise do setor financeiro impedia a realização de linhas de crédito destinadas à criação de novas indústrias. Além disso, boa parte dos recursos disponíveis eram gastos com a obtenção dos produtos ingleses, que faziam concorrência por conta de seu preço acessível e a visível qualidade de suas mercadorias.A economia algodoeira também apresentava números tímidos mediante a concorrência do mesmo produto cultivado em terras norte-americanas. A mesma situação competitiva prejudicava igualmente a exportação de outros gêneros como o couro, o fumo, o cacau e o arroz. Com isso, podemos perceber que o setor agrícola como um todo passava por uma fase bastante complicada, permitindo o acirramento dos ânimos contra a inoperância política do governo central na economia.A economia brasileira só deu sinais positivos com a rápida ascensão de um produto que começou a ser explorado durante a regência: o café. A ampliação de seu mercado consumidor formou uma elite de grandes produtores agrícolas assentados no uso da grande propriedade e da mão de obra escrava. Nesse primeiro momento, o Vale do Paraíba, entre Rio de Janeiro e São Paulo, foi a principal área de produção cafeeira.
Fonte: Brasil Escola

Crise no governo de D. Pedro

O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de Dom Pedro II, realizada no dia 23 de julho de 1840. Na época, o jovem imperador tinha apenas quinze anos de idade e só conseguiu ocupar o posto máximo do poder executivo nacional graças a um bem arquitetado golpe promovido pelos grupos políticos liberais. Até então, os conservadores (favoráveis à centralização política) dominaram o cenário político nacional. Antes do novo regime monárquico, o período regencial foi caracterizado por uma política conservadora e autoritária que fomentou diversas revoltas no Brasil. As disputas políticas do período e o desfavor promovido em torno do autoritarismo vigente permitiram que a manobra em favor de Dom Pedro de Alcântara tivesse sustentabilidade política. Nos quarenta e nove anos subseqüentes o Brasil esteve na mão de seu último e mais longevo monarca. Para contornar as rixas políticas, Dom Pedro II contou com a criação de dispositivos capazes de agraciar os dois grupos políticos da época. Liberais e conservadores, tendo origem em uma mesma classe sócio-econômica, barganharam a partilha de um poder repleto de mecanismos onde a figura do imperador aparecia como um “intermediário imparcial” às disputas políticas. Ao mesmo tempo em que se distribuíam ministérios, o rei era blindado pelos amplos direitos do irrevogável Poder Moderador. A situação contraditória, talvez de maneira inesperada, configurou um período de relativa estabilidade. Depois da Revolução Praieira, em 1847, nenhuma outra rebelião interna se impôs contra a autoridade monárquica. Por quê? Alguns historiadores justificam tal condição no bom desempenho de uma economia impulsionada pela ascensão das plantações de café। No entanto, esse bom desempenho conviveu com situações delicadas provindas de uma economia internacional em plena mudança. O tráfico negreiro era sistematicamente combatido pelas grandes potências, tais como a Inglaterra, que buscava ampliar seus mercados consumidores por aqui. A partir da segunda metade do século XIX, movimentos abolicionistas e republicanos ensaiavam discursos e textos favoráveis a uma economia mais dinâmica e um regime político moderno e inspirado pela onda republicana liberal. Após o fim da desgastante e polêmica Guerra do Paraguai (1864 – 1870), foi possível observar as primeiras medidas que indicaram o fim do regime monárquico. O anseio por mudanças parecia vir em passos tímidos ainda controlados por uma elite desconfiada com transformações que pudessem ameaçar os seus antigos privilégios. A estranha mistura entre o moderno e o conservador ditou o início de uma república nascida de uma quartelada desprovida de qualquer apoio popular.

Fonte: Brasil Escola

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sistema Nervoso

O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições.
A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.
As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.
Neurônios: células nervosas
Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônio.
No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.
Os dentritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.
O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.
Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.
Células Glia
Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.
Impulso Nervoso
A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se "portas de passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo (ms).
O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo.
A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.
Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).

terça-feira, 14 de setembro de 2010

origem dos estados unidos da america

A região era habitada por índios até o fim do século XV, quando Cristóvão Colombo chegou ao continente. Diferentes regiões do território foram ocupadas por espanhóis, holandeses e ingleses, entre os séculos XVI e XVII. Treze colônias foram criadas pelos ingleses e tinha certa autonomia. No entanto os ingleses quiseram diminuir essa liberdade, com isso as colônias declararam guerra no ano de 1775. No ano seguinte é declarada a independência dos Estados Unidos, mas a Inglaterra só veio reconhecê-la em 1783. Os norte-americanos expandiram seu território até o Pacifico no século XIX, comprando terras, matando índios e ganhando guerras. O norte dos Estados Unidos era industrializado, desenvolvido e queria acabar com a escravidão. Já o Sul era agrário e dependia da mão-de-obra escrava. Quando o defensor da abolição, Abraham Lincoln, foi eleito presidente, o sul decidiu separar-se. Isso deu inicio a guerra civil (1861-1865), que resultou na morte de 600 mil pessoas. O norte obteve a vitória, a escravidão foi abolida, o que fez o ódio entre negros e brancos aumentou. Os anos seguintes foram de industrialização. A prosperidade do país foi obstruida em 1929, com a queda da Bolsa de New York. Nos anos seguintes o governo passou a investir no desenvolvimento, politica qual ficou conhecida como New Deal. Impulsionada pela Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, União Soviética e os Estados Unidos tornaram-se as duas grandes potências do planeta. Com isso o mundo ficou dividido no período conhecido como Guerra Fria, que durou até 1980. Em 1991 o governo inicia a Guerra do Golfo, contra o iraque. Em 1992 Bill Clinton é eleito presidente, e aprovou o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Já em 2000 Bush é eleito presidente. No dia 11 de setembro de 2001 os Estados Unidos sofre um ataque terrorista de autoria da Al-Qaeda, como resposta o país bombardiou o Afeganistão. EM 2003 Bush inicia a Guerra contra o Iraque, que dura até os dias atuais.

Revolução Industrial


O sistema capitalista, enquanto forma específica de se ordenar as relações no campo sócio-econômico, ganhou suas feições mais claras quando – durante o século XVI – as práticas mercantis se fixaram no mundo europeu. Dotadas de colônias espalhadas pelo mundo, principalmente em solo americano, essas nações acumulavam riquezas com a prática do comércio. Na especificidade de seu contexto, observaremos que a história britânica contou com uma série de experiências que fez dela o primeiro dos países a transformar as feições do capitalismo mercantilista. Entre tais transformações históricas podemos destacar o vanguardismo de suas políticas liberais, o incentivo ao desenvolvimento da economia burguesa e um conjunto de inovações tecnológicas que colocaram a Inglaterra à frente do processo hoje conhecido como Revolução Industrial. Com a Revolução Industrial, a qualidade das relações de trabalho no ambiente manufatureiro se transformou sensivelmente. Antes, os artesãos se agrupavam no ambiente da corporação de oficio para produzirem os produtos manufaturados. Todos os artesãos dominavam integralmente as etapas do processo de produção de um determinado produto. Dessa forma, o trabalhador era ciente do valor, do tempo gasto e da habilidade requerida na fabricação de certo produto. Ou seja, ele sabia qual o valor do bem por ele produzido. As inovações tecnológicas oferecidas, principalmente a partir do século XVIII, proporcionaram maior velocidade ao processo de transformações da matéria-prima. Novas máquinas automatizadas, geralmente movidas pela tecnologia do motor a vapor, foram responsáveis por esse tipo de melhoria. No entanto, além de acelerar processos e reduzir custos, as máquinas também transformaram as relações de trabalho no meio fabril. Os trabalhadores passaram por um processo de especialização de sua mão-de-obra, assim só tinham responsabilidade e domínio sob uma única parte do processo industrial. Dessa maneira, o trabalhador não tinha mais ciência do valor da riqueza por ele produzida. Ele passou a receber um salário pelo qual era pago para exercer uma determinada função que, nem sempre, correspondia ao valor daquilo que ele era capaz de produzir. Esse tipo de mudança também só foi possível porque a própria formação de uma classe burguesa – munida de um grande acúmulo de capitais – começou a controlar os meios de produção da economia. O acesso às matérias primas, a compra de maquinário e a disponibilidade de terras representavam algumas modalidades desse controle da burguesia industrial sob os meios de produção. Essas condições favoráveis à burguesia também provocou a deflagração de contradições entre eles e os trabalhadores. As más condições de trabalho, os baixos salários e carência de outros recursos incentivaram o aparecimento das primeiras greves e revoltas operárias que, mais tarde, deram origem aos movimentos sindicais. Com o passar do tempo, as formas de atuação do capitalismo industrial ganhou outras feições. Na segunda metade do século XIX, a eletricidade, o transporte ferroviário, o telégrafo e o motor a combustão deram início à chamada Segunda Revolução Industrial. A partir daí, os avanços capitalistas ampliaram significativamente o seu raio de ação. Nesse mesmo período, nações asiáticas e africanas se inseriram nesse processo com a deflagração do imperialismo (ou neocolonialismo), capitaneado pelas maiores nações industriais da época. Durante o século XX, outras novidades trouxeram diferentes aspectos ao capitalismo. O industriário Henry Ford e o engenheiro Frederick Winslow Taylor incentivaram a criação de métodos onde o tempo gasto e a eficiência do processo produtivo fossem cada vez mais aperfeiçoados. Nos últimos anos, alguns estudiosos afirmam que vivemos a Terceira Revolução Industrial. Nela, a rápida integração dos mercados, a informática, a microeletrônica e a tecnologia nuclear seriam suas principais conquistas. A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.


Fonte: Brasil Escola