terça-feira, 31 de agosto de 2010

América Ânglo-Saxônca



A América Anglo Saxônica corresponde aos países das Américas falantes da língua inglesa, nesse caso são as únicas nações do continente que se encontram desenvolvidas. Os países com tais características estão localizados na América do Norte, são eles Estados Unidos e Canadá. Essa região do continente americano abriga importantes tipos de coberturas vegetais como: tundra, floresta temperada, estepe e pradarias, vegetação desértica, savana, vegetação de altas montanhas e áreas desprovidas de vegetação.
Paisagem da América Anglo Saxônica.

Floresta Temperada: desenvolve em regiões nas quais a característica do clima que predomina é o temperado, com verões quentes e invernos rigorosos. As florestas temperadas geralmente são compostas por árvores caducifólias com folhas vermelhas, alaranjadas e amarelas, aspecto comum nas florestas temperadas de folhas caducas.
Estepe e pradarias: apresenta em regiões de clima semi-árido com temperaturas elevadas e longos períodos de seca. Predominância de vegetação rasteira como herbáceas.

Vegetação desértica: desenvolve em área de clima desértico muito seco e pouquíssima incidência de pluviosidade. Vegetações adaptadas à escassez de água, como as espécies xerófilas.

Savana: ocorre em lugares de clima subtropical com incidência de chuvas bem distribuídas durante o ano, de temperaturas que não ultrapassam os 10ºC em determinados períodos.

Vegetação de altas montanhas: apresenta clima frio, em montanhas até 1.000 metros ocorrem bosques caducifólios, até 1.800 metros predominam as coníferas e acima de 2.000 apresenta os prados.

Ausência de vegetação: lugares que apresenta temperatura muito fria e grande quantidade de gelo, condições que impedem a proliferação de vegetação.

Aspectos naturais da América do Norte: A América do Norte é banhada ao norte pelo oceano glacial Ártico, a oeste pelo Oceano Pacífico e a leste pelo Oceano Atlântico.

Relevo

Quanto ao relevo, a América do Norte apresenta basicamente três tipos, como ocorre em grande parte de todo continente americano.

• Porção ocidental: abriga uma série de cadeias de montanhas, muitas dessas são vulcões que se encontram em atividade e, pois isso, há uma grande ocorrência de terremotos. Dentre as muitas montanhas presentes as principais são: Cadeias da Costa, Sierra Nevada e as montanhas Rochosas.

• Porção oriental: corresponde a regiões onde se encontram planaltos e montanhas de idade geológica antiga e que, devido a isso, sofreu diversos e longos processos erosivos. Os principais planaltos são: Labrador (Canadá) e Monte Apalache (Estados Unidos).

• Porção central: essa região abriga extensas áreas compostas por planícies, abrangendo também rios e lagos, as mais conhecidas são: as planícies de Lacustre (Canadá), do Mississipi (Estados Unidos) e a planície dos Grandes Lagos.

Hidrografia

A hidrografia da América do Norte é bastante diversificada, no território canadense os lagos predominam, existem pelo menos 150 mil lagos, grande parte de origem glacial.




A maior concentração de lagos da América do Norte está localizada entre as fronteiras dos Estados Unidos e do Canadá, diante disso, os maiores e mais importantes são: Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário, o primeiro possui 84 mil km2.

Quantos aos rios, no Canadá o que se destaca é o rio São Lourenço, isso por que serve como hidrovia entre os Grandes Lagos e o Oceano Atlântico. Nos Estados Unidos, o mais importante quanto à capacidade de navegação é o rio Mississipi, outros importantes são Colorado e Columbia, ambos utilizados na irrigação e na geração de energia elétrica.

Fonte : Brasil Escola

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Revoluçao liberal do porto


Em 1820, Portugal se encontrava em uma situação bastante complicada. Do ponto de vista político, o país estava sob a supervisão de autoridades inglesas que lutaram contra as invasões promovidas pelos exércitos de Napoleão Bonaparte. Além disso, o rei da nação se encontrava no Rio de Janeiro, o que gerou uma expressa insatisfação para com o regime monárquico. Paralelamente, a economia se encontrava prejudicada com a abertura dos portos brasileiros e os conflitos que tomaram conta do país.Nesse contexto, pessoas simpáticas aos preceitos ideológicos liberais, membros da burguesia, clérigos católicos e militares promoveram a organização de um movimento revolucionário. Em 24 de agosto de 1820, aproveitando-se da ausência do Lorde Protetor britânico, os portugueses iniciaram um movimento revolucionário que tomou a cidade do Porto e, em poucas semanas, atingiu Lisboa, capital do país. A partir desse levante, uma nova junta governativa tomou o controle de Portugal.A mais importante medida tomada por esse governo provisório foi a convocação das Cortes, uma espécie de assembleia constituinte formada por representantes do povo, do clero e da nobreza. A missão fundamental das Cortes era promover o estabelecimento de uma nova carta constitucional que limitasse o poder de atuação da autoridade monárquica e atendesse os demais anseios da população portuguesa. Para que isso fosse possível, era necessário que o rei Dom João VI estivesse presente no país.No dia 26 de abril de 1821, a Família Real voltou para Lisboa. Contudo, temendo que fosse destituído de seu cargo, D. João VI teve a astúcia de deixar seu filho D. Pedro I no Brasil, sob a condição de príncipe regente. Em sua formação, as Cortes contavam com 205 parlamentares, sendo 75 destes representantes políticos provenientes do Brasil. Nessa época, tendo atingido a condição de Reino Unido, o Brasil também integrava o território e o cenário político lusitano.Visando garantir o alcance de transformações políticas significativas, as Cortes exigiram que D. João VI aceitasse a nova constituição mesmo antes de ser criada. Nesse sentido, a Revolução Liberal do Porto parecia significar o triunfo da ideologia liberal e a modernização do cenário político lusitano. Contudo, os mesmos liberais que defendiam tantas mudanças possuíam uma política econômica extremamente conservadora. Em linhas gerais, as Cortes desejavam que o Brasil retornasse à condição de colônia.O conhecimento de tal intenção fez com que as elites brasileiras se articulassem em favor da manutenção das vantagens econômicas conquistadas durante o governo de D. João VI. Dessa forma, construíam uma aliança política que abria caminho à oferta do trono brasileiro para Dom Pedro I. Em resposta, as Cortes passaram a fazer uma contundente pressão política exigindo que o príncipe regente voltasse imediatamente a Portugal.Essa tensão entre o projeto de recolonização das Cortes e os interesses econômicos das elites brasileiras teve importantes implicações históricas. Antes que Dom Pedro I voltasse a Portugal ou que uma revolta popular eclodisse no Brasil, os membros da nossa elite incitaram o regente a proclamar a independência. Dessa forma, o Estado português perdia seu mais rico território de exploração colonial e o Brasil conquistava sua autonomia política.
Fonte : mundo escola

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Esqueleto















Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.





O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica.
2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).
1-Esqueleto axial
1.1-Caixa craniana
Possui os seguintes ossos importantes: frontal, parietais, temporais, occipital, esfenóide, nasal, lacrimais, malares ("maçãs do rosto" ou zigomático), maxilar superior e mandíbula (maxilar inferior).

Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica.
2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).
1-Esqueleto axial
1.1-Caixa craniana
Possui os seguintes ossos importantes: frontal, parietais, temporais, occipital, esfenóide, nasal, lacrimais, malares ("maçãs do rosto" ou zigomático), maxilar superior e mandíbula (maxilar inferior).
1.2-Coluna vertebral
É uma coluna de vértebras que apresentam cada uma um buraco, que se sobrepõem constituindo um canal que aloja a medula nervosa ou espinhal; é dividida em regiões típicas que são: coluna cervical (região do pescoço), coluna torácica, coluna lombar, coluna sacral, coluna cocciciana (coccix).
1.3-Caixa torácica
É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas, que são em número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem diretamente no esterno), 3 falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2 flutuantes (com extremidades anteriores livres, não se fixando ao esterno).

2- Esqueleto apendicular
2-1- Membros e cinturas articulares
Cada membro superior é composto de braço, antebraço, pulso e mão. O osso do braço – úmero – articula-se no cotovelo com os ossos do antebraço: rádio e ulna. O pulso constitui-se de ossos pequenos e maciços, os carpos. A palma da mão é formada pelos metacarpos e os dedos, pelas falanges.
Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna, tornozelo e pé. O osso da coxa é o fêmur, o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho está protegida por um pequeno osso circular: a rótula. Ossos pequenos e maciços, chamados tarsos, formam o tornozelo. A planta do pé é constituída pelos metatarsos e os dedos dos pés (artelhos), pelas falanges.
Os membros estão unidos ao corpo mediante um sistema ósseo que toma o nome de cintura ou de cinta. A cintura superior se chama cintura torácica ou escapular (formada pela clavícula e pela escápula ou omoplata); a inferior se chama cintura pélvica, popularmente conhecida como bacia (constituída pelo sacro - osso volumoso resultante da fusão de cinco vértebras, por um par de ossos ilíacos e pelo cóccix, formado por quatro a seis vértebras rudimentares fundidas). A primeira sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao fêmur e a toda a perna.

Juntas e articulações
Junta é o local de junção entre dois ou mais ossos. Algumas juntas, como as do crânio, são fixas; nelas os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas, denominadas articulações, os ossos são móveis e permitem ao esqueleto realizar movimentos.
Ligamentos
Os ossos de uma articulação mantêm-se no lugar por meio dos ligamentos, cordões resistentes constituídos por tecido conjuntivo fibroso. Os ligamentos estão firmemente unidos às membranas que revestem os ossos.
Classificação dos ossos
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:
A - Longos: têm duas extremidades ou epífises; o corpo do osso é a diáfise; entre a diáfise e cada epífise fica a metáfise. A diáfise é formada por tecido ósseo compacto, enquanto a epífise e a metáfise, por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: fêmur, úmero.
Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997, com adaptações
B- Curtos: têm as três extremidades praticamente equivalentes e são encontrados nas mãos e nos pés. São constituídos por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: calcâneo, tarsos, carpos.
C - Planos ou Chatos: são formados por duas camadas de tecido ósseo compacto, tendo entre elas uma camada de tecido ósseo esponjoso e de medula óssea Exemplos: esterno, ossos do crânio, ossos da bacia, escápula.
Revestindo o osso compacto na diáfise, existe uma delicada membrana - o periósteo - responsável pelo crescimento em espessura do osso e também pela consolidação dos ossos após fraturas (calo ósseo). As superfícies articulares são revestidas por cartilagem. Entre as epífises e a diáfise encontra-se um disco ou placa de cartilagem nos ossos em crescimento, tal disco é chamado de disco metafisário (ou epifisário) e é responsável pelo crescimento longitudinal do osso. O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que, em parte é amarela, funcionando como depósito de lipídeos, e, no restante, é vermelha e gelatinosa, constituindo o local de formação das células do sangue, ou seja, de hematopoiese. O tecido hemopoiético é popularmente conhecido por "tutano". As maiores quantidades de tecido hematopoético estão nos ossos da bacia e no esterno. Nos ossos longos, a medula óssea vermelha é encontrada principalmente nas epífises.


Diferenças entre os ossos do esqueleto masculino e feminino:

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Origem da industrialização

As origens do processo de industrialização remontam ao século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, que convencionou-se chamar de Revolução Industrial.
Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª Revoluções Industriais.
As transformações de ordem espacial a partir da indústria foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a indústria associada a modernização do campo, gerou a expulsam de milhares de camponeses em direção das cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis, e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua força de trabalho em troca de um salário), que só vieram conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de muitas lutas, através de greves que forçaram os patrões e Estados a concederem benefícios a essa camada da sociedade.
O avanço da indústria, especialmente a partir do século XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a maior potência não apenas econômica, industrial, mas também militar do planeta.
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra Mundial, países do chamado terceiro mundo, também passaram por processos de industrialização, como é o caso do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do Estado nacional no processo de industrialização, e das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa, como o que é expresso através das dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá vieram por já serem relativamente modernas não geraram o número de empregos necessários para absorver a mão de obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as cidades, isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, que não foi acompanhado de implantação de infra- estrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com os problemas decorrentes do mesmo.

A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem deu as bases para o surgimento da indústria no país, que começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos mencionar:
a) Acumulação de capital necessário para o processo;
b) Criação de infra-estrutura;
c) Formação de mercado de consumo;
d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar o país.
No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes empréstimos para o estabelecimento de infra estrutura e de grandes obras como a construção da capital federal no centro do país, no planalto central, Brasília.
Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI 5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.
A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.
Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrência disso recebesse os maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica atualmente é que a tendência mundial atual de desconcentração industrial também tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do país e até mesmo estados nordestinos começam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalização da economia que tem acirrado a competição entre as empresas, que com isso buscam a redução dos custos de produção buscando produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a produção e não a decisão.

CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS
As indústrias podem ser classificadas com bases em vários critérios, em geral o mais utilizado é o que leva em consideração o tipo e destino do bem produzido:
a) Indústrias de base: são aquelas que produzem bens que dão a base para o funcionamento de outras indústrias, ou seja, as chamadas matérias primas industrias ou insumos industriais, como o aço.
b) Indústrias de bens de capital ou intermediárias: são aquelas que produzem equipamentos necessários para o funcionamento de outras indústrias, como as de máquinas.
c) Indústrias de bens de consumo: são aquelas que produzem bens para o consumidor final, a população comum, elas subdividem-se em:
c.1) Bens duráveis: as que produzem bens para consumo a longo prazo, como automóveis.
c.2) Bens não duráveis: as que produzem bens para consumo em geral imediato, como as de alimentos.
Se levarmos em consideração outros critérios como por exemplo:
1-Maneira de produzir:
a) Indústrias extrativas;
b) Indústrias de processamento ou beneficiamento;
c) Indústria de construção;
d) Indústria de transformação ou manufatureira.
2-Quantidade de matéria prima e energia utilizadas:
a) Indústrias leves;
b) Indústrias pesadas.
3-Tecnologia empregada:
a) Indústrias tradicionais;
b) Indústrias dinâmicas.

OS FATORES LOCACIONAIS
Fatores locacionais devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalação de uma indústria.
Podem ser eles:
- Matéria prima abundante e barata;
- Mão de obra abundante e barata;
- Energia abundante e barata;
- Mercados consumidores;
- Infra estrutura;
- Vias de transporte e comunicações;
- Incentivos fiscais;
- Legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.
Durante a 1ª Revolução industrial as indústrias inglesas se concentraram nas proximidades das bacias carboníferas, o que fez com que ali surgissem importantes cidades industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso se deu em decorrência do pequeno desenvolvimento em especial dos meios de transporte. Na 2ª Revolução Industrial do final do século XlX, com o desenvolvimento de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilização de novas fontes de energia ( eletricidade, petróleo, etc.) houve uma maior liberdade na implantação de indústrias que fez com que surgissem novas áreas industriais.
No século XX as metrópoles urbano industriais passaram a concentrar as maiores e mais importantes indústrias, o que as tornou o centro da economia de vários países do planeta, como é o caso da região metropolitana de São Paulo no Brasil, ou do Manufacturing Belt nos EUA. Atualmente a tendência é a da desconcentração industrial, onde as indústrias buscam novos locais onde os custos de produção sejam menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos EUA, ou na relocalização produtiva que estamos verificando no Brasil, isso gera uma mudança significativa dos fluxos migratórios, cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de pessoas, cedendo esse posto para cidades do interior de São Paulo dentre outras localidades.

A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Na década de 1970, a crise do petróleo fez com que emergisse para o mundo algo que já vinha sendo gerado no decorrer do século XX, a 3ª Revolução Industrial, também chamada de Revolução tecnocientífica informacional.
Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em especial da informação e dos transportes, representado por invenções como por exemplo Internet, e os aviões supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.
Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a inovação, investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o desemprego estrutural se expande. Antigas regiões industriais entram em decadência com o processo de desconcentração industrial, surgem novas regiões industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das vantagens comparativas que oferecem os variados países do mundo. A terceirização, também torna-se algo comum, como o que ocorre com empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único operário em linhas de produção, pois não produz apenas compra de empresas menores.
Fruto também da revolução tecnocientífica informacional, surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral associadas a instituições de pesquisa como universidades. É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.

AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS
A partir do final do século XlX, começam a surgir os primeiros trustes (modalidade de concentração e centralização do capital), os quais dão origem a empresas multinacionais, que correspondem aquelas que se expandem para além das fronteiras onde surgiram, algumas tornando-se verdadeiras empresas globais, como é o caso da Coca-cola.
A grande arrancada das multinacionais em direção dos países subdesenvolvidos se deu a partir do pós 2ª Guerra mundial, quando várias empresas dos EUA, Europa e Japão, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais oferecidas por esses países.
Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar receitas muito superiores a de vários países do mundo.
As maiores multinacionais do mundo são dos EUA, seguidas de japonesas e européias. Empresas desse tipo surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.
No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital internacional proporcionando grande internacionalização da economia, por outro lado também beneficiou multinacionais como por exemplo na opção pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele momento atraiu várias multinacionais produtoras de automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse tipo de transporte.
Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da drenagem de capitais que saem do país através das remessas de lucros.

Fonte:http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t1314.asp

A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL

As origens do processo de industrialização remontam ao século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, que convencionou-se chamar de Revolução Industrial.
Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª Revoluções Industriais.
As transformações de ordem espacial a partir da indústria foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a indústria associada a modernização do campo, gerou a expulsam de milhares de camponeses em direção das cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis, e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua força de trabalho em troca de um salário), que só vieram conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de muitas lutas, através de greves que forçaram os patrões e Estados a concederem benefícios a essa camada da sociedade.
O avanço da indústria, especialmente a partir do século XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a maior potência não apenas econômica, industrial, mas também militar do planeta.
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra Mundial, países do chamado terceiro mundo, também passaram por processos de industrialização, como é o caso do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do Estado nacional no processo de industrialização, e das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa, como o que é expresso através das dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá vieram por já serem relativamente modernas não geraram o número de empregos necessários para absorver a mão de obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as cidades, isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, que não foi acompanhado de implantação de infra- estrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com os problemas decorrentes do mesmo.

A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem deu as bases para o surgimento da indústria no país, que começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos mencionar:
a) Acumulação de capital necessário para o processo;
b) Criação de infra-estrutura;
c) Formação de mercado de consumo;
d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar o país.
No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes empréstimos para o estabelecimento de infra estrutura e de grandes obras como a construção da capital federal no centro do país, no planalto central, Brasília.
Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI 5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.
A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.
Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrência disso recebesse os maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica atualmente é que a tendência mundial atual de desconcentração industrial também tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do país e até mesmo estados nordestinos começam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalização da economia que tem acirrado a competição entre as empresas, que com isso buscam a redução dos custos de produção buscando produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a produção e não a decisão.

CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS
As indústrias podem ser classificadas com bases em vários critérios, em geral o mais utilizado é o que leva em consideração o tipo e destino do bem produzido:
a) Indústrias de base: são aquelas que produzem bens que dão a base para o funcionamento de outras indústrias, ou seja, as chamadas matérias primas industrias ou insumos industriais, como o aço.
b) Indústrias de bens de capital ou intermediárias: são aquelas que produzem equipamentos necessários para o funcionamento de outras indústrias, como as de máquinas.
c) Indústrias de bens de consumo: são aquelas que produzem bens para o consumidor final, a população comum, elas subdividem-se em:
c.1) Bens duráveis: as que produzem bens para consumo a longo prazo, como automóveis.
c.2) Bens não duráveis: as que produzem bens para consumo em geral imediato, como as de alimentos.
Se levarmos em consideração outros critérios como por exemplo:
1-Maneira de produzir:
a) Indústrias extrativas;
b) Indústrias de processamento ou beneficiamento;
c) Indústria de construção;
d) Indústria de transformação ou manufatureira.
2-Quantidade de matéria prima e energia utilizadas:
a) Indústrias leves;
b) Indústrias pesadas.
3-Tecnologia empregada:
a) Indústrias tradicionais;
b) Indústrias dinâmicas.

OS FATORES LOCACIONAIS
Fatores locacionais devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalação de uma indústria.
Podem ser eles:
- Matéria prima abundante e barata;
- Mão de obra abundante e barata;
- Energia abundante e barata;
- Mercados consumidores;
- Infra estrutura;
- Vias de transporte e comunicações;
- Incentivos fiscais;
- Legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.
Durante a 1ª Revolução industrial as indústrias inglesas se concentraram nas proximidades das bacias carboníferas, o que fez com que ali surgissem importantes cidades industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso se deu em decorrência do pequeno desenvolvimento em especial dos meios de transporte. Na 2ª Revolução Industrial do final do século XlX, com o desenvolvimento de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilização de novas fontes de energia ( eletricidade, petróleo, etc.) houve uma maior liberdade na implantação de indústrias que fez com que surgissem novas áreas industriais.
No século XX as metrópoles urbano industriais passaram a concentrar as maiores e mais importantes indústrias, o que as tornou o centro da economia de vários países do planeta, como é o caso da região metropolitana de São Paulo no Brasil, ou do Manufacturing Belt nos EUA. Atualmente a tendência é a da desconcentração industrial, onde as indústrias buscam novos locais onde os custos de produção sejam menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos EUA, ou na relocalização produtiva que estamos verificando no Brasil, isso gera uma mudança significativa dos fluxos migratórios, cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de pessoas, cedendo esse posto para cidades do interior de São Paulo dentre outras localidades.

A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Na década de 1970, a crise do petróleo fez com que emergisse para o mundo algo que já vinha sendo gerado no decorrer do século XX, a 3ª Revolução Industrial, também chamada de Revolução tecnocientífica informacional.
Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em especial da informação e dos transportes, representado por invenções como por exemplo Internet, e os aviões supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.
Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a inovação, investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o desemprego estrutural se expande. Antigas regiões industriais entram em decadência com o processo de desconcentração industrial, surgem novas regiões industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das vantagens comparativas que oferecem os variados países do mundo. A terceirização, também torna-se algo comum, como o que ocorre com empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único operário em linhas de produção, pois não produz apenas compra de empresas menores.
Fruto também da revolução tecnocientífica informacional, surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral associadas a instituições de pesquisa como universidades. É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.

AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS
A partir do final do século XlX, começam a surgir os primeiros trustes (modalidade de concentração e centralização do capital), os quais dão origem a empresas multinacionais, que correspondem aquelas que se expandem para além das fronteiras onde surgiram, algumas tornando-se verdadeiras empresas globais, como é o caso da Coca-cola.
A grande arrancada das multinacionais em direção dos países subdesenvolvidos se deu a partir do pós 2ª Guerra mundial, quando várias empresas dos EUA, Europa e Japão, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais oferecidas por esses países.
Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar receitas muito superiores a de vários países do mundo.
As maiores multinacionais do mundo são dos EUA, seguidas de japonesas e européias. Empresas desse tipo surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.
No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital internacional proporcionando grande internacionalização da economia, por outro lado também beneficiou multinacionais como por exemplo na opção pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele momento atraiu várias multinacionais produtoras de automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse tipo de transporte.
Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da drenagem de capitais que saem do país através das remessas de lucros.



Fonte:http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t1314.asp

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Origem das Industrias



A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL

As origens do processo de industrialização remontam ao século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, que convencionou-se chamar de Revolução Industrial.
Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª Revoluções Industriais.
As transformações de ordem espacial a partir da indústria foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a indústria associada a modernização do campo, gerou a expulsam de milhares de camponeses em direção das cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis, e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua força de trabalho em troca de um salário), que só vieram conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de muitas lutas, através de greves que forçaram os patrões e Estados a concederem benefícios a essa camada da sociedade.
O avanço da indústria, especialmente a partir do século XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a maior potência não apenas econômica, industrial, mas também militar do planeta.
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra Mundial, países do chamado terceiro mundo, também passaram por processos de industrialização, como é o caso do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do Estado nacional no processo de industrialização, e das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa, como o que é expresso através das dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá vieram por já serem relativamente modernas não geraram o número de empregos necessários para absorver a mão de obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as cidades, isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, que não foi acompanhado de implantação de infra- estrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com os problemas decorrentes do mesmo.

A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA



Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem deu as bases para o surgimento da indústria no país, que começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos mencionar:
a) Acumulação de capital necessário para o processo;
b) Criação de infra-estrutura;
c) Formação de mercado de consumo;
d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar o país.
No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes empréstimos para o estabelecimento de infra estrutura e de grandes obras como a construção da capital federal no centro do país, no planalto central, Brasília.
Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI 5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.
A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.
Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrência disso recebesse os maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica atualmente é que a tendência mundial atual de desconcentração industrial também tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do país e até mesmo estados nordestinos começam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalização da economia que tem acirrado a competição entre as empresas, que com isso buscam a redução dos custos de produção buscando produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a produção e não a decisão.

Rins e Equílibrio Químico do Corpo




A água é o maior componente de nosso sangue. Cerca de 70% de nosso peso total é água. O corpo utiliza a água para limpar-se e para resfriar-se e para manter um equilíbrio químico apropriado. Você perde água quando perspira (suor), quando respira e através da urina e fezes. Uma perda de 20% da água de seu corpo poderia ser fatal.




Pesquisadores descobriram que os atletas que bebem água somente para saciar a sede não têm a resistência daqueles que bebem o tanto que perderam. Os atletas que bebem mais água não se tornam tão fatigados e sua temperatura corporal permanece perto do normal.




Forçar nosso corpo a trabalhar com limitadas quantidades de fluídos é como tentar lavar as louças do almoço usando só um copo de água.




Deveríamos beber bastante água o suficiente para manter a urina clara. Isto significa cerca de oito copos de água por dia e a sede não é um instrumento de avaliação seguro para nossa necessidade de água.Água pura é o melhor líquido para nosso corpo. A maioria das bebidas contém açúcar, o qual pode retardar a digestão, contribuir para o ganho de peso, provocar uma oscilação nos níveis de açúcar e requerer mais água para o metabolismo. Já as bebidas tipo “cola” contêm substâncias que podem prejudicar o cálcio do corpo enfraquecendo os ossos. Praticamente todos os refrigerantes contêm aditivos artificiais que podem irritar o estômago ou sobrecarregar os rins e o fígado.




Se não tomarmos água suficiente, os rins têm que trabalhar mais arduamente para eliminar as substâncias tóxicas e podem ser lesados. Cada célula no corpo necessita de água para funcionar bem, portanto, quantidade inadequada de água ingerida pode causar mal funcionamento e doença. Fadiga e dor de cabeça são resultados comuns do ingerir pouca água. A água é de vital importância para uma boa saúde e vitalidade.


Rins


Função
A função dos rins é filtrar o sangue, removendo os resíduos nitrogenados produzidos pelas células, sais e outras substâncias em excesso. Além dessa função excretora, os rins também são responsáveis pela osmorregulação em nosso organismo. Controlando a eliminação de água e sais da urina, esses órgãos mantêm a tonicidade do sangue adequada às necessidades de nossas células.


Funcionamento
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfrom, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.
Os capilares do glomérulo deixam extravasar diversas substâncias presentes no sangue (água, uréia, glicose, aminoácidos, sais e diversas moléculas de tamanho pequeno), através de suas finas paredes. Essas substâncias extravasadas passam entre as células da parede da cápsula de Bowman e atingem o túbulo contorcido proximal, onde constituem o filtrado glomerular (urina inicial). O filtrado glomerular é semelhente, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares.